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O poder da saudade no coração viajante
Caminhei sem planos pelas ruas de Portugal sentindo o frescor de um vento gelado de fim de inverno, o cheiro marcante de arruda, alecrim e folhas de laranjeira, a agilidade no voo do corvo, os cafés cheios de pessoas atentas a TV assistindo silenciosamente o jogo de futebol. Com as mãos no bolso do casaco por causa do vento frio, passei por uma ponte sobre um lago que dava acesso a uma rua apertadinha em direção a escadaria de mais ou menos 30 degraus para um pequeno castelo e, enquanto a subia, imaginei o que minha amiga diria se visse aquele cenário. As lágrimas caíram quentes mas se tornaram frias…